segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

MENSAGEM DE QUARESMA DO CARDEAL PATRIARCA DE LISBOA

Como Grupo de Jovens Católico que somos, é importante estarmos atentos as mensagens não só do Santo Padre mas também do Cardeal Patriarca chefe da nossa Diocese. Aqui fica a sua mensagem para a Quaresma de 2008

O Santo Padre Bento XVI dirigiu a toda a Igreja a sua Mensagem para esta Quaresma. Compete-me a mim concretizá-la para a Igreja de Lisboa, tendo em conta as suas características, dinamismos e fragilidades, anseios e dificuldades, no contexto das opções prioritárias da nossa acção pastoral.
O desafio global que cada Quaresma nos apresenta é assim enunciado pelo Santo Padre: “A Quaresma oferece-nos uma providencial ocasião para aprofundar o sentido e o valor da nossa identidade de cristãos, e estimula-nos a redescobrir a misericórdia de Deus, a fim de nos tornarmos, por nossa vez, mais misericordiosos para com os irmãos”.
Este desafio com que abre a sua Mensagem completa-o nas palavras com que a encerra: “Que este período se caracterize, portanto, por um esforço pessoal e comunitário de adesão a Cristo para sermos testemunhas do seu amor”.

Este é o objectivo único de toda a acção pastoral orientada para o crescimento da Igreja, Povo do Senhor: converter-nos a Jesus Cristo, segui-l’O como discípulos, abrir-nos ao amor que Ele nos comunica e que conduzirá toda a nossa vida. (...)

A Conversão

A realidade do pecado tem vindo a ser relativizada na consciência dos cristãos e na cultura que nos envolve, o que diminui o sentido da necessidade e da urgência da conversão. Trata-se de uma ilusão perigosa: não vencer o pecado no nosso coração, impede verdadeiramente que o abramos para novos horizontes do sentido da vida, da felicidade, do amor e da verdade fundamental da nossa relação com Deus: glorificá-l’O e amá-l’O sobre todas as coisas, para podermos rezar com verdade a oração que o Senhor nos ensinou: “seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu”. (...) Esta Quaresma é ocasião para, cada um de nós, avaliar a realidade do pecado na sua vida, e encetar o caminho da conversão, do regresso a Deus.

A fé

A fé é a atitude decisiva e constitutiva da existência cristã: quando ela falha ou enfraquece, tudo falha ou se relativiza. É uma atitude do coração, que envolve a inteligência e a vontade, que se abandona totalmente, na confiança, a Deus que Se nos manifestou. Foi por isso que, desde o início do cristianismo, homens e mulheres mudaram radicalmente a sua vida, deixaram tudo e seguiram Jesus.
No centro desta atitude está a presença irrecusável do Deus vivo, através do Seu Filho Jesus Cristo. Antes de ser um programa de vida, a fé é uma obediência de amor. “A Deus que Se nos revela é devida a obediência da fé”, diz o Concílio (cf. Dei Verbum, nº 5). A fé é a principal atitude que Deus nos pede e é, na sua génese, um acto de adoração de Deus. (...)


A Caridade

Já vimos que a fé é, em si mesma, uma expressão da caridade enquanto acto de adoração e de louvor de Deus. Amar a Deus sobre todas as coisas e cada vez melhor, será exigência contínua da fé. Não há autêntica vida de fé sem adoração e louvor a Deus.
Mas a partir do amor de Deus, a fé abre-nos para o amor dos irmãos. Viver em Igreja é desafio de viver, com os irmãos, em comunhão de amor. Não se pode, com verdade, amar a Deus que não se vê, se não amarmos os irmãos que vemos e que Deus ama.

O Santo Padre convida-nos, nesta Quaresma, a concretizar este amor fraterno na “esmola” como partilha do que temos e somos. A “esmola” de quem pode partilhar, supõe a pobreza do coração para saber partilhar. Dar aos pobres só é expressão da caridade se tivermos “um coração de pobre”.

(...) O dar a quem não se conhece é expressão do silêncio que o Senhor aconselha a quem dá. Desses irmãos longínquos e desconhecidos, não estamos à espera de nada em troca. Mas isto não nos dispensa de estarmos atentos aos irmãos que vivem a nosso lado.

A Esperança

A Quaresma é tempo de análise da nossa esperança. Não estará o nosso coração demasiadamente fixado nos bens deste mundo? Acreditamos e desejamos a vida eterna? Só assim poderemos celebrar a Páscoa como a festa da vida, o abrir definitivo do horizonte da verdadeira esperança. A esperança limitada aos horizontes deste mundo não responde aos mais profundos anseios do coração humano. Se esperamos apenas os bens deste mundo não valia a pena Cristo ressuscitar e de nos ressuscitar com Ele.

Lisboa, 2 de Fevereiro de 2008, Festa da Apresentação do Senhor.

† JOSÉ, Cardeal-Patriarca

4 comentários:

Anónimo disse...

Olaa!
Venho fazer o meu primeiro comentário ao blog...mas escolhi só uma parte senão ficava um comment gigante xD
Naquela parte da família procurar a felicidade individualmente...essas pessoas nao vao encontrar felicidade dentro da familia cada um para seu lado...todos em conjunto sim!...ajudar as pessoas que se ama a ficarem felizes e ficar igualmente feliz com a felicidade delas.
Tá fraquinho mas é só por dizer que já mandei um comentário xD

Pedro Antunes (JC durante mais ou menos o proximo mês xD)

Anónimo disse...

Eu fiz um comentario a este texto mas ele foi remodelado e ja nao tá o que eu comentei xD

Pedro Antunes

Anónimo disse...

Boa PEDRO!

Desculpa lá a alteração ao texto mas teve de ser. contínua :D

Sérgio

Anónimo disse...

Olá meus amigos...

Eu não tenho ido ao grupo de jovens por inúmeros motivos.

sou capaz de aparecer lá um dia destes...mas não prometo nada....é só para avisar a causa do meu desaparecimento ok?


Beijos e Abraços